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Dez rotas culturais foram criadas no Alto Minho no âmbito do projeto “Alto Minho 4D – Viagem no Tempo”, promovido pela Comunidade Intermunicipal do Alto Minho em conjunto com os seus 10 municípios associados (Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira).

Integrando os principais bens patrimoniais da região, muitos dos quais classificados como Monumento Nacional, estas rotas encontram-se organizadas cronologicamente, percorrendo os diferentes períodos da história até aos dias de hoje, nomeadamente desde a Pré-história, com a arte rupestre e megalítica; passando pela Idade Antiga com a cultura castreja e a romanização; pela Idade Média com o românico ou pela Idade Moderna com o barroco; até dimensões mais recentes como a época Contemporânea, sem esquecer aquela que é a visão de futuro para este território. 

Mais do que simples rotas turísticas, são o testemunho de uma identidade e de um legado cultural do passado, que nos transporta para uma “viagem no tempo” que pode ser feita de duas formas: uma “viagem” por uma determinada época por todo o Alto Minho; ou uma “viagem” pelos vários períodos históricos e pelas marcas que deixaram neste território. 

Como ponto de partida foi definida uma Estação do Tempo para cada concelho do Alto Minho, que se constitui como um “portal” ou porta de acesso a uma determinada rota e que apresenta um conjunto de atrações e experiências interativas alusivas a essa rota e a serem visitadas em todo o território.

Pretende-se, assim, que cada “viagem” conte uma história e que movidos pelo imaginário da descoberta de valores patrimoniais, de regresso ao passado, ao natural e autêntico; e rumo ao futuro; ou mesmo pelo interesse por novas formas de cultura e conhecimento, proporcionar a quem nos visita uma vivência/ experiência única e relevante.

Veja AQUI a brochura “Alto Minho 4D – Viagem no Tempo” e consulte mais informações sobre o projeto aqui.

Rota “Do Moderno ao Contemporâneo”, Museu Bienal de Cerveira

O Alto Minho orgulha-se do seu passado milenar, cuja memória persiste num valioso património histórico em que boa parte se encontra classificado como Monumento Nacional, mas também tem os olhos postos no futuro, procurando conjugar este importante legado com a inovação e a modernidade. 

Vila Nova de Cerveira é um bom exemplo dessa aposta, onde as artes são sinónimo de desenvolvimento cultural e artístico, resultado, em boa verdade, do impulso gerado pelas Bienais Internacionais de Arte. Nesta bucólica vila alto-minhota, os espaços públicos são conquistados por obras artísticas e novas abordagens estéticas, tornando-a num verdadeiro museu de escultura contemporânea ao ar livre, e a arquitetura manifesta preocupações ao nível da regeneração, reabilitação e edificação integrada.   

Esta vaga modernista está também presente noutros concelhos do Alto Minho, nomeadamente em Viana do Castelo com um conjunto de edifícios ambiciosos da autoria de arquitetos de renome: Siza Vieira que desenhou a Biblioteca Municipal, Eduardo Souto Moura que projetou o Centro Cultural, ambos galardoados com o Prémio Pritzke; e Fernando Távora, responsável pelo desenho da Praça da Liberdade e dos dois edifícios que a delimitam. 

Desta “Meca da Arquitetura”, assim classificada pela conceituada revista inglesa de design e arquitetura – Wallpaper, constam ainda outros edifícios notáveis, fruto de uma época, de uma história e de um traço que diversos arquitetos deixaram para a posteridade, como o templo de Santa Luzia com traço de Ventura Terra, a ponte metálica de Viana, desenhada pela conceituada Casa Eiffel, ou os excelentes exemplares de Art Deco na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra. 

Mas a influência modernista não se esgota nestes exemplos! Este fenómeno repete-se um pouco por todo o Alto Minho, onde modernidade e história fundem-se numa harmoniosa ligação com a paisagem, dando lugar a uma arquitetura que, não deixando de ser moderna, dá importância ao sítio, ao património preexistente e sua envolvência, desempenhando um papel cada vez mais importante como referência para o futuro das comunidades, como motor de desenvolvimento económico e social e como referência para uma arquitetura contemporânea enraizada na nossa cultura e tradições.

Descarregar o PDF da rota AQUI.

Cada concelho do Alto Minho (Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira) dispõe de um espaço físico, designado por Estação do Tempo, que se constitui como um “portal” de acesso a uma rota, a partir do qual se parte para uma viagem no tempo que pode ser feita de duas formas: uma viagem por uma determinada época por todo o Alto Minho, ou uma viagem pelos vários períodos da história e pelas marcas que deixaram neste território.

A Estação do Tempo situa-se em Vila Nova de Cerveira, no Museu Bienal de Cerveira (Fórum Cultural de Cerveira).