Projeto “FBAC: 47 anos de promoção da arte contemporânea”

Modernização do Museu Bienal de Cerveira
A Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) desenvolveu a operação “FBAC: 47 anos de promoção da arte contemporânea”, no âmbito do Programa Regional Norte 2030, cofinanciado pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Esta iniciativa integrou-se nos objetivos da linha de valorização do património cultural e dos museus do território, contemplada no programa, que incluiu a reabilitação, conservação e modernização de equipamentos culturais.
Mais do que uma intervenção técnica, o projeto procurou afirmar o Museu Bienal de Cerveira como um polo de excelência da arte contemporânea no Norte de Portugal, promovendo o acesso abrangente à cultura, a valorização do património artístico e a atratividade turística e cultural da região do Alto Minho. Visou ainda posicionar o museu como um espaço de encontro entre criação artística, inovação, sustentabilidade e experiência de visita.
Objetivos estratégicos:
- Modernizar infraestruturas e equipamentos, com especial foco na eficiência, sustentabilidade e qualidade técnica das exposições e da conservação das coleções;
- Valorizar a reserva museológica, qualificando o armazenamento, a investigação e o acesso ao acervo;
- Reforçar a atratividade do museu junto de públicos diversificados, com ações de comunicação e promoção cultural;
- Contribuir para os objetivos das políticas regionais e europeias de inovação, sustentabilidade e coesão territorial.
O que mudou?
Sistema de luminotecnia com tecnologia LED
Nas Galerias João Lemos Costa e Germano Cantinho foi instalado um novo sistema de iluminação com tecnologia LED de elevada eficiência energética, concebido especificamente para espaços expositivos.
Vantagens:
- Redução do número de luminárias necessárias, graças à versatilidade do feixe de luz, o que diminuiu o consumo energético;
- Criação de ambientes luminosos personalizados, adaptados a cada exposição e narrativa curatorial;
- Melhoria significativa na leitura das obras, com maior uniformidade e conforto visual;
- Redução do impacto ambiental, alinhada aos princípios de sustentabilidade promovidos pelo NORTE 2030.
Sistemas de monitorização ambiental contínua
Foram integrados sensores e sistemas digitais de monitorização ambiental que permitiram acompanhar em tempo real a temperatura e humidade relativa nos espaços expositivos e na reserva museológica.
Benefícios:
- Medições contínuas sobre as condições ambientais, possibilitando definir e implementar medidas de conservação preventiva sobre as obras expostas e em reserva;
- Gestão eficiente e capacidade de resposta imediata perante variações nos parâmetros ambientais;
- Alinhamento com as boas práticas internacionais de conservação e museologia, reforçando a credibilidade técnica do museu.
Ampliação e modernização da reserva museológica
A reserva museológica foi ampliada e reorganizada, através da introdução de soluções técnicas de última geração.
Principais melhorias:
- Instalação de painéis deslizantes de armazenamento vertical, ideais para obras bidimensionais (pintura, desenho, fotografia);
- Introdução de mobiliário técnico modular, adaptável ao crescimento e à diversidade do acervo.
Impacto:
- Armazenamento mais seguro, funcional e acessível;
- Melhoria na catalogação, conservação e consulta por investigadores e curadores;
- Valorização do acervo da FBAC, com mais de 700 obras de arte reunidas desde 1978.
Estratégia de comunicação e promoção
A operação incluiu um plano de comunicação integrado, com ações de divulgação e mediação direcionadas a diferentes públicos.
Projeções
O projeto ambicionou aumentar significativamente o número de visitantes. Mas mais do que números, pretendeu-se abrir os bastidores do museu ao público, revelando coleções até então pouco acessíveis.
Trata-se de um acervo único que traduz quase cinco décadas de história da Bienal de Arte de Cerveira e da evolução da arte contemporânea em Portugal. Tornar este património mais acessível fortaleceu o papel do museu como espaço de diálogo, memória e inovação.
Esta dinâmica impulsionou a sustentabilidade cultural e económica do Alto Minho, posicionando a região como um território criativo, vivo e aberto à comunidade.
Este projeto foi cofinanciado pelo Programa Regional NORTE 2030, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), refletindo o compromisso da União Europeia com a cultura, o desenvolvimento e a coesão dos territórios.






