Já são conhecidos os resultados do concurso da XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira. No total serão apresentadas, de 16 de julho a 31 de dezembro, 96 obras de 77 artistas, de 18 países. A bienal de arte mais antiga do país e da Península Ibérica está de regresso no Verão de 2022 e propõe refletir sobre questões globais fraturantes, como a sustentabilidade, as alterações climáticas, a equidade entre géneros e etnias ou a urgência da paz.
A Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) registou a inscrição de um número recorde de 1164 obras a concurso, num total de 741 candidaturas de artistas, oriundos de 50 países. Serão, assim, apresentadas ao público, no âmbito do concurso internacional, 96 obras de 77 artistas de 18 nacionalidades, maioritariamente provenientes de países como Portugal, Brasil, Espanha, Itália, Alemanha e França.
Para a diretora artística, Helena Mendes Pereira, “este número é revelador do reconhecimento e importância do evento no panorama nacional e internacional da Arte Contemporânea, permitindo que a bienal se continue a afirmar como um local de apresentação das vanguardas e, sobretudo, de artistas que também sonham, como nós sonhamos, em mudar o mundo”.
A análise dos trabalhos esteve a cargo de um júri convidado, composto pela diretora artística do evento, Helena Mendes Pereira, pela Diretora da Licenciatura em Artes Visuais da Universidade do Minho, Carla Cruz, pelo Diretor do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Jorge da Costa, pelo curador, investigador e docente na ESAD.CR|IPL, Mário Caeiro, e pelo artista e docente da Faculdade de Belas Artes de Pontevedra da Universidade de Vigo, Kako Castro-Muñiz.
De recordar que os trabalhos dos concorrentes selecionados estarão sujeitos aos Prémios Aquisição Câmara Municipal, num total de 20 mil euros.
Assinalando 44 anos, a bienal de arte mais antiga da Península Ibérica, uma das estruturas de programação artística contemporânea mais relevantes do país, quer agir e colocar os artistas a pensar o mundo e as suas emergências globais. Refletir sobre questões urgentes como o ambiente e a sustentabilidade é o desafio que é lançado à comunidade artística e ao público em geral: “WE MUST TAKE ACTION / DEVEMOS AGIR!”.
De referir que o evento integra a candidatura “Fundação Bienal de Arte de Cerveira: a Arte Contemporânea integrada na sociedade e no mundo” (2020 – 2021 – Apoio Sustentado – Artes Visuais), que conta com o apoio da República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes.