Tema
Diversidade-Investigação.
O Complexo Espaço da Comunicação pela Arte
As linguagens usadas pelos variados grupos sociais, sejam verbais, sonoras, escritas ou pictóricas, são determinantes para a compreensão do expectador, independentemente do grau de cultura, desde que possam ser descodificáveis por esse espetador e propensas a influenciá-lo. Este facto é sobretudo fulcral quando se trata de uma obra de arte, onde, mesmo um sujeito com um grau de cultura elevado, pode não ter capacidade de “ler” essa obra, já que a sua própria linguagem não se harmoniza com o discurso da obra.
O trabalho desenvolvido durante os quarenta anos da Bienal Internacional de Arte de Cerveira tem sido a tentativa de aproximação dos vários grupos sociais à linguagem das imagens e gestos artísticos, propondo a maior diversidade possível de criadores/artistas num confronto dessas linguagens, através das exposições, homenagens, artistas a concurso e convidados, ateliers de investigação em estágios, debates e conferências, que permitam, pela sua diversidade, propor uma reflexão sobre a nossa cultura para uma melhor qualidade de vida pelo “conhecimento”.
Nesta XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira, seguindo a tradição desde o seu início, a Fundação Bienal de Arte de Cerveira promoverá atividades conducentes à aproximação e participação de públicos oriundos de Portugal e de outros países, numa missão de integração da Região Norte na cultura universal, como forma de desenvolvimento e bem-estar destas populações, com os olhos postos num futuro cada vez mais tecnológico.
Cabral Pinto / Henrique Silva
Diretor Artístico / Presidente do Conselho de Fundadores da Fundação Bienal de Arte de Cerveira