Mensagem do Presidente
Caras e caros residentes e visitantes,
40 anos, 20 bienais, a expressividade da ousadia. Valiosas obras, distintos artistas, milhares de visitantes. O momento é, claramente, de celebração de um êxito conquistado e consolidado ao longo de décadas.
Celebramos uma realidade precursora da descentralização cultural no nosso país. Obviamente, foi - e de alguma maneira ainda o continua a ser - um caminho traçado com muito esforço, do qual sobressai o triunfo da persistência.
É revivido o impulso que a Bienal de Arte deu rumo ao desenvolvimento e à descoberta de Vila Nova de Cerveira, onde a dinâmica alcançada não se cinge à vertente artístico-cultural, mas extravasa pela diversidade de potencialidades de um concelho com identidade forte. E impera perpetuar a memória dos seus fundadores que, pela sua resiliência e caráter arrojado, idealizaram mais do que um evento, ergueram o conceito de ‘Vila das Artes’.
Agradecemos a assimilação e a interação dos Cerveirenses para com uma realidade até então pouco conhecida e usual em Vila Nova de Cerveira. Pode-se dizer que do ‘choque’ ao orgulho foi uma linha tão ténue que a comunidade é um dos grandes alicerces do sucesso das bienais por uma postura participativa e interventiva.
A verdade é que toda a celebração incorpora timings de reflexão em torno do futuro. Há plena consciência da superação de desafios permanentes à criatividade, à inovação, e à sustentabilidade do próprio evento.
A Bienal Internacional de Arte de Cerveira é hoje um exemplo de esbatimento de fronteiras, de estereótipos e de preconceitos, revelando-se um louvor à audácia delineada e contínua. Não é um fenómeno de elites, nem corporativo, mas de Cerveira, do país e do mundo.
A XX Bienal Internacional de Arte de Cerveira celebra a arte pela arte de celebrar.
O Presidente da Fundação Bienal de Arte de Cerveira e da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira
João Fernando Brito Nogueira