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Residências Artísticas | Conheça o projeto de Marcos Covelo e Miriam Cartagena

covelo e miriam residencias 2014

Programa Residências Artísticas 2014 | Marcos Covelo e Miriam Cartagena (ES)

Miriam Cartagena e Marcos Covelo (ES) aprofundaram, durante a sua Residência Artística, a busca de novos processos pictóricos, através de meios não convencionais, dentro da pintura tradicional. Com este trabalho examinaram como os avanços tecnológicos mudaram pouco a pouco o processo da pintura tradicional e qual a relação que a pintura actual estabelece com o marco espacial e os seus limites.
Conheça melhor o trabalho desenvolvido no Programa de Residências Artísticas 2014, através dos seus testemunhos:

Projeto artístico “PAINTING WITH WITHOUT PAINT”
“O projeto consistiu em trabalhar os processos pictóricos que se levam a cabo para elaborar um quadro, questionando um pouco a pintura tradicional. Os princípios da pintura tradicional na hora de elaborar um quadro são: ideia, esboço, processo, resultado e perceção da obra. Pretendemos romper com isso. A ideia para uma obra surge a partir de uma investigação onde tu crias o teu próprio imaginário e depois chegas à parte do processo, que antigamente se fazia a partir de esboços com lápis e de croquis na hora de elaborar um quadro, sempre pensando na perspectiva bidimensional da obra. No suporte a pintura tradicional era normalmente feita em duas dimensões e o resultado era uma percepção ótica para aportar algo diferente ao imaginário.
E a ideia foi contestar um pouco estas pautas que se levam a cabo na pintura tradicional – por exemplo ao invés de fazer os esboços a lápis, fizemos no computador diretamente, sendo os trabalhos tratados digitalmente e depois levados a técnicas nas que substituí o pincel pela serigrafia ou o ecrã, através da repetição criando diferentes formas. E depois o resultado pretendia abolir um pouco as fronteiras ou os limites que marcam sempre a pintura, enquanto formato que tem a tela. O objectivo foi romper essa fronteira e fazer uma pintura expandida, não deixando a pintura como material de lado, mas utilizando outro tipo de materiais diferentes como o vinil e a fita-cola. E fazer com que a composição no final, e de modo, nos recordasse um pouco uma pintura.
Em concreto aqui, em apenas duas semanas, o trabalho foi como um simulacro, tornando-se experimental. Daqui poderemos tirar ideias para futuros projetos e mais resultados.”

Experiência
“Correu muito bem. Ter uma oficina de serigrafia ocupada praticamente só por nós é único. Não é todos os dias que te oferecem isso. O problema que temos os artistas jovens é que as nossas oficinas são limitadas e o tipo de máquinas que podemos aceder e os próprios materiais e ferramentas ainda são restritos a processos complicados como este, onde temos de usar serigrafia, estampagem, corte de madeira… foi de certa forma uma oportunidade de workshop.”