“A Bienal abriu portas a Cerveira. Pôs Cerveira no mundo. (…) É uma marca de muita projeção e qualidade”. As palavras são de Pedro Abrunhosa, o novo membro do Conselho Diretivo da Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), apresentado ontem publicamente em Vila Nova de Cerveira.
O desafio foi lançado pelo presidente do Conselho Diretivo da FBAC e presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira: “Sabia de antemão que o Pedro Abrunhosa tem uma ligação muito grande com Vila Nova de Cerveira, gosta de arte e é personalidade reconhecida na área Cultural, uma componente que consideramos muito importante ter no Conselho Diretivo. Por estas mesmas razões, cometi a ousadia de o convidar e tive a honra de ele ter aceitado o nosso convite”.
Em conferência de imprensa, integrada nas comemorações do Dia Internacional de Museus, o músico falou sobre o seu novo papel na FBAC. “Tentarei modestamente contribuir. Sinceramente fiquei surpreendido com o convite porque não sei de que forma é que posso ajudar. A minha área não é a arte contemporânea. Eu sou um visitante, um turista da arte contemporânea, se quiserem, mas estarei ao vosso dispor para, como dizem os irresponsáveis, para dar o meu melhor”, afirmou.
O músico e compositor revelou, ainda, ter uma ligação muito próxima e pessoal com a ‘Vila das Artes’, um local que já lhe serviu de inspiração para compor nos anos noventa. “Eu era muito amigo do [escultor] José Rodrigues e ficava sempre em casa dele. Passei aqui meses inteiros e escrevi aqui muitas canções (…). Escrevi aqui bastantes músicas do meu primeiro disco “Viagens”, e do segundo, o “Tempo”.
De referir que a XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira está de regresso este ano, de 16 de julho e 31 de dezembro. Assinalando 44 anos, a bienal de arte mais antiga da Península Ibérica quer agir e colocar os artistas a pensar o mundo e as suas emergências globais através do tema “WE MUST TAKE ACTION / DEVEMOS AGIR”.