©Nick Willing
Paula Rego é a artista homenageada principal da 19.ª edição da bienal de arte mais antiga do país. Aproximando-se dos seus 40 anos, a Bienal Internacional de Arte de Cerveira presta tributo a um dos maiores nomes da pintura nacional e internacional.
A ligação da artista ao evento remonta à 1.ª edição (1978), na qual participou como artista, e a 1995, ano em que a reprodução da sua pintura “Guarda” foi capa do catálogo da VIII Bienal Internacional de Arte de Cerveira. “Numa altura em que se anunciava a descontinuação do evento e após um interregno de três anos, eis que surgiu uma 8.ª edição revigorada deste acontecimento artístico e cultural”, como explica o coordenador artístico da XIX Bienal Internacional de Arte de Cerveira, Cabral Pinto. “Paula Rego, hoje reconhecida como uma das principais figuras da arte portuguesa marcou, de certa forma, esta fase de transição na história da Bienal de Cerveira”, acrescenta.
Detentora de um imaginário simbólico distintivo, Paula Rego encontra-se representada nos mais conceituados museus do mundo. A exposição de homenagem, cuja curadoria é da responsabilidade de Helena AM Pereira, tem como nome “Labirinto de Estórias” pretendendo “convidar o público a fazer uma viagem retrospetiva pelo percurso da artista”, adiantou Cabral Pinto.
Maria Paula Figueroa Rego nasceu a 26 de janeiro de 1935 em Lisboa, mas vive em Londres desde os anos 70. Das distinções que recebeu destaca-se a Grã-Cruz da Ordem de Santiago de Espada (2004), tendo em 2010 recebido pela Rainha Isabel II a Ordem do Império Britânico com o grau de Oficial, pela sua contribuição para as artes.
De recordar que a XIX Bienal Internacional de Arte de Cerveira regressa a Vila Nova de Cerveira de 15 de julho a 16 de setembro, sob o tema “Da Pop Arte às Trans-vanguardas, Apropriações da arte popular”, sendo que foi também já anunciada a homenagem ao escultor Jaime Azinheira.