Skip to main content

Internacionalização da Bienal de Cerveira em Macau poderá ser a primeira de muitas

 

 

Foi com feedback muito positivo que inaugurou, no passado dia 1 de agosto, o Pavilhão de Vila Nova de Cerveira na “Arte Macau: Bienal Internacional de Arte de Macau 2023”. Como resultado, em cima da mesa está a possível assinatura de um protocolo que prevê uma parceria cultural mais sólida e continuada entre Vila Nova de Cerveira, o Turismo Porto e Norte de Portugal e Macau, através do Instituto de Cultura.

O Armazém do Boi assume-se, até 11 de outubro, como palco de aproximação entre a cultura portuguesa e macaense. Desde os portugueses Ana Hatherly, Helena Almeida, Pedro Cabrita Reis ou Ângelo de Sousa, aos nomes internacionais de Zadok-Ben David e Tales Frey, são 27 os artistas representados, de 8 nacionalidades e 4 continentes na exposição “A metafísica da sorte e a ciência do azar”, que conta com a curadoria de Helena Mendes Pereira e Mafalda Santos.

A cerimónia de inauguração contou com a presença da presidente do Instituto Cultural de Macau, Leon Wai Man, do Cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Alexandre Leitão, do presidente da Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) e da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira, e o presidente do Turismo Portugal e Norte de Portugal, Luis Pedro Martins.

“Este é um momento muito marcante nos já 45 anos de história da Bienal Internacional de Arte de Cerveira e é para mim uma honra testemunhar e promover este encontro de culturas entre o ocidente e o oriente, e ver reconhecido o trabalho, dedicação e estratégia da FBAC que pretende não só ser conhecida, mas também ter o reconhecimento internacional para atingir outra dimensão e parceiras. O saldo desta inédita internacionalização é extremamente positivo e estamos a estudar um modelo de protocolo entre Macau, a FBAC e o Turismo Porto e Norte de Portugal para o intercâmbio de artistas”, afirmou o presidente da FBAC, Rui Teixeira.

Segundo a presidente do Instituto Cultural de Macau, Leon Wai Man: “Estas 27 obras agora apresentadas são muito marcantes para Macau e são uma oportunidade para fortalecer a relação com Portugal. É muito importante ter este trabalho aqui porque salienta a importância da Fundação Bienal de Arte de Cerveira”.

O Pavilhão de Vila Nova de Cerveira da Arte Macau é promovido pelo governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), com organização do Consulado Geral de Portugal em Macau e Hong Kong e a Secretaria para os Assuntos Sociais e Cultura, co-organizado com o Instituto Cultural. A Fundação Bienal de Arte de Cerveira é promotora do evento em co-produção com o IPOR (Instituto Português do Oriente), com o apoio da Direção-Geral das Artes e do Turismo Porto e Norte de Portugal.

De referir que a “Bienal Internacional de Arte de Macau 2023” é um evento cultural e artístico de grande escala e de nível internacional que tem como curador chefe Qiu Zhijie. Com base no tema “A Estatística da Fortuna”, esta edição visa explorar a correlação entre ciência e religião, por meio de obras artísticas e conta com obras de mais de 200 artistas de 20 países e territórios, em 30 mostras espalhadas pela cidade.

Recorde-se que, criada a 31 de março de 1993, a Lei Básica de Macau rege a RAEM desde a sua transferência da administração de Portugal para a China, em 1999, e prevê manter-se até 2049. Encontram-se registados no consulado cerca de 150 mil portugueses entre Macau e Hong Kong.

 

 

Artistas representados: Ana Hatherly; Ana Maria Pintora; Ana Vidigal; Ana Wever; Ângelo de Sousa; Gerardo Burmester; Helena Almeida; Henrique Silva; Inez Wijnhorst; Jaime Isidoro; Jayme Reis; João Gonçalves; José Rodrigues; Jusa; Kyria Oliveira; Mafalda Santos; Manuel Baptista; Manuel Dias; Nuno Nunes-Ferreira; Pedro Cabrita Reis; Pedro Calapez; Scoditti; Tales Frey; Tchelo; Tiago Estrada; Zadok Ben-David; Zulmiro de Carvalho.

 

Catálogo da exposição