A Fundação Bienal de Arte de Cerveira, F. P. (FBAC) comemora o centenário do Dadaísmo com os artistas Mário Cesariny, Eurico Gonçalves e Cruzeiro Seixas. A exposição “100 anos de Dadaísmo”, que inaugura a 12 de março (sábado) no Fórum Cultural de Cerveira, apresenta ao público mais de 50 obras representativas do movimento.
O início do movimento Dadaísta remonta a 1916, tendo como epicentro o bar Cabaret Voltaire, em Zurique, na Suíça. Passados cem anos apresentam-se, até 9 de abril, em Vila Nova de Cerveira, “três portugueses que mais se identificaram com esta tendência artística, que não se configurou como manifestação de longa duração, mas que foi muito influente nas manifestações posteriores”, explica o coordenador artístico e de produção, Cabral Pinto.
A vanguarda artística e cultural dadaísta teve origem durante a Primeira Guerra Mundial, questionando de forma irreverente o conceito de arte, servindo-se de várias formas de expressão na composição das obras (objetos, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc.). Possuía como caraterística principal a rutura com as formas de arte institucionalizadas, apresentando um forte cariz anárquico e de crítica ao capitalismo e consumismo. Formado por um grupo de escritores, poetas e artistas plásticos, o movimento teve como principais embaixadores: Hugo Ball, Man Ray, Marcel Duchamp, Francis Picabia, Sophie Täuber, Tristan Tzara e Hans Arp.
Integrada nas comemorações do centenário do movimento Dada, a FBAC promove, ainda, após a sessão inaugural (12 março, 16h00), a conferência “Dada: Arte e Anti-arte. Contestação e rutura”, com os oradores Dalila D’Alte e Eurico Gonçalves.
A mostra “100 anos de Dadaísmo” conta com o apoio da Fundação Cupertino de Miranda, que cedeu a maioria das obras, e da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira.
Artistas representados:
Cruzeiro Seixas (1920)
Eurico Gonçalves (1932)
Mário Cesariny (1923-2006)
Apoio Verde de Honra: