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“Falar da Bienal de Cerveira é falar da democratização da cultura no público, nos públicos, no território”

 

 

“Falar da Bienal de Cerveira é falar da democratização da cultura no público, nos públicos, no território. A democratização da cultura é um princípio fundamental e um objetivo estratégico do investimento na cultura”. As palavras são da Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, que presidiu à inauguração da XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira, no passado sábado, em Vila Nova de Cerveira. A bienal de arte mais antiga da Península ibérica está de portas abertas até 31 de dezembro.

Apresentando a Bienal Internacional de Arte de Cerveira como um exemplo de como a cultura potencia o desenvolvimento económico e social, a Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares falou este sábado sobre a importância de políticas culturais sustentadas e de proximidade, que promovam a descentralização e a desconcentração territorial. “A Bienal de Cerveira tem sabido ser um lugar de arrojo, de criatividade e de inovação, mas também tem sabido inserir-se e dialogar com o património cultural desta região, com o cruzamento das identidades e culturas do Alto Minho e da Galiza que deixam a sua marca nestes lugares”, afirmou Ana Catarina Mendes.

Por sua vez, e fazendo referência à dificuldade em fazer produção cultural fora dos grandes centros urbanos, o Presidente da Fundação Bienal de Arte de Cerveira e da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira, quis sublinhar que “esta Bienal é de todos! De artistas, cidadãos, funcionários da Bienal, funcionários da Câmara Municipal, autarcas, voluntários e demais entidades”.

Sobre o futuro, o autarca adiantou ainda: “Vamos criar a Galeria Bienal de Cerveira como um local de exposição contínuo, projeto que inicia atividade já nesta XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira”.

A cerimónia, que contou com a presença de vários membros do governo, de deputados da Assembleia da República e do Conselheiro da Embaixada do Japão, Yasuhiro Mitsui, entre outros, abriu com um momento musical do pianista Júlio Resende e com poesia declamada por Júlio Machado Vaz.

No decorrer da cerimónia foram, ainda, anunciados os Prémios Aquisição Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, no valor de 20 mil euros, atribuídos aos artistas: André Silva, Costanza Givone e Sofia Arriscado, Gabriel Borem, Lemos + Lehmann, Lia Cunha, Marcio Pimenta, Romano Saraiva, Svenja Tiger e Tomé Capa.

Para além das inaugurações dos espaços expositivos do Fórum Cultural de Cerveira, da Galeria Bienal de Cerveira e da Biblioteca Municipal de Vila Nova de Cerveira, o programa incluiu duas performances dos artistas Beatriz Albuquerque e Tomé Capa e uma improvisação sonora do duo de música experimental GUACHE.

De recordar que a XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira permanece de portas abertas até 31 de dezembro de 2022, para apresentar 270 obras, de cerca de 318 artistas de 29 países. Assinalando 44 anos, a bienal de arte mais antiga da Península Ibérica quer agir e colocar os artistas a pensar o mundo e as suas emergências globais a partir do tema “WE MUST TAKE ACTION / DEVEMOS AGIR”.  O evento conta com o apoio da Direção-Geral das Artes.