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Conheça os vencedores do “Arts+Handicrafts Alto Minho” | Em exposição até 11 de maio

5 Designers resgatam e reinterpretam as tradições e ofícios do Alto Minho, algumas já em “vias de extinção”;

5 Designers criam em conjunto com 5 artesãos, objetos identitários do Alto Minho, desenvolvendo 5 protótipos a apresentar na Fundação Bienal de Cerveira, até dia 11 de maio.

4 projetos vencem esta edição:

 

Vencedores:

1º “Os Finórios do Alto Minho”

  • Designers: Maria João Ruivo e Raquel Pais (do atelier “À Capucha”)
  • Artesão: João Armada – Latoeiro – Ponte de Lima

2.º “Tecer Agora”

  • Designers: Catarina Dantas e Maria Teresa Dantas
  • Artesã: Aida Martins – costureira, bordadeira, tecedeira dos trajes da Serra D’Arga – Caminha

3.º “Muxilla”

  • Designer: André Fernandes (“A. Fernandes Leatherworks”)
  • Artesãos: Maria das Dores Matos – Tecedeira de Linho – Ponte de Lima; e Isilda Parente – Bordados de Viana – Viana do Castelo

3.º “Cândida”

  • Designer: Aline Fuchs
  • Artesão: João Armada – Latoeiro – Ponte de Lima

 

Estes designers foram selecionados no concurso Arts+Handicrafts Alto Minho e apresentaram os produtos que desenvolveram, de mãos dadas com os artesãos do Alto Minho, numa exposição no Fórum Cultural de Cerveira.

A sessão de abertura da exposição, no passado dia 23 de março, ficou marcada pela divulgação dos vencedores do concurso e pela estreia da curta metragem que faz o retrato, desde o esboço até ao produto final, do processo criativo dos cinco projetos.

Este concurso, promovido pela CIM Alto Minho (Comunidade Intermunicipal do Alto Minho), teve como principal objetivo a aproximação de gerações de fazedores e criadores, através da valorização e reinterpretação das artes e ofícios tradicionais do Alto Minho, visando atrair agentes criativos para a região, bem como reforçar e difundir a imagem do Alto Minho enquanto território criativo.

Aos concorrentes foi assim proposta a apresentação e execução, de conceitos artísticos e objetos de design, que promovessem uma abordagem contemporânea às técnicas e saberes guardados por gerações de artesãos deste território.

Deste modo, depois de mapeados 63 artesãos, 26 foram documentados, tendo em conta a ligação do artesão ao ofício, nomeadamente por herança familiar e a ligação com os 10 municípios do Alto Minho (Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte do Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira). Os testemunhos dos 26 artesãos encontram-se disponíveis on line em www.artshandicrafts.pt constituindo também um valioso registo na primeira pessoa das artes e ofícios tradicionais que atualmente existem no Alto Minho.

No âmbito do concurso propriamente dito, os concorrentes selecionaram um ou vários artesãos identificados, integrando a sua técnica e ofício no desenvolvimento da sua ideia. De seguida, foram reunidas as 15 ideias selecionadas numa residência de formação e casos práticos diretamente relacionados com a abordagem contemporânea que o Arts+Handicrafts desenvolveu. O objetivo foi proporcionar uma sessão de mútua aprendizagem com Designers com trabalho já amplamente reconhecido: Célia Esteves com “Rug by Gur”, Iva Viana com “Iva Viana Atelier de Escultura” e de Filipa Belo com o projeto “Portugal Manual” no sentido de selecionar os 5 projetos que passariam à fase de desenvolvimento de protótipo e que agora serão apresentados em exposição.

O Arts+Handicrafts Alto Minho é financiado no âmbito do Programa Operacional Norte 2020, tem como objetivo a promoção e dinamização das artes e ofícios tradicionais do Alto Minho, visando estimular a inovação e a criatividade, assim como fomentar a criação de empresas capazes de aliar a tradição à modernidade, desafiando estudantes e profissionais de design e arquitetura a valorizar, criativamente, o riquíssimo património imaterial do Alto Minho.

 

Texto de Marca D’Água